Exposições regulares – Fundação Eugénio de Almeida

23-11-2024 > 11-05-2025

Centro de Arte e Cultura, Piso 1

© Ana Vidigal, ‘Ana Beatriz #5 (Chanel Nº 5)’, 2022

Histórias de família

Ana Vidigal

EXPOSIÇÃO

Curadoria de Patrícia Reis

De terça-feira a domingo, 10h00-13h00 / 14h00-18h00 | Entrada livre

O trabalho de Ana Vidigal pode ser comparado a uma série de caixas que se abrem sucessivamente, revelando camadas e camadas de significado. Cada peça artística é uma parte desse quebra-cabeças intrigante, um convite para explorar as múltiplas dimensões da experiência humana. Partindo do que de mais pessoal existe para falar daquilo que é universal, Ana Vidigal mergulha profundamente em temas sociais diversos, compartilhando seu olhar intenso e único sobre o mundo.

Nesta retrospetiva inédita, reúne-se um impressionante conjunto de obras, abrangendo quatro décadas de produção artística, que oferecem ao público a oportunidade de mergulhar na evolução criativa da artista ao longo desse período. Ana Vidigal utiliza como matéria-prima para suas criações uma variedade de elementos, como sedimentos, restos, memórias, cartas e fotografias, todos extraídos da complexidade da vida, explorando minuciosamente os vestígios de vidas obsessivamente guardadas e reinventadas.

Descarregue AQUI a brochura da exposição.
 



ANA VIDIGAL (Lisboa em 1960)
Formou-se em Pintura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e foi Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, entre 1985 e 1987. [4] Seguiu-se um estágio na Casa das Artes de Tavira com o pintor Bartolomeu Cid. No final da década de 90, foi nomeada artista residente do Museu de Arte Contemporânea do Funchal, durante 1998 e 1999.

Em 1999, a AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte) ofereceu ao Brasil uma coleção inspirada na carta de Pero Vaz de Caminha, composta por quadros de onze artistas diferentes, sendo Ana Vidigal um deles. 

A sua obra tem integrado várias iniciativas promovidas por entidades públicas, nomeadamente o Instituto Português do Património Arquitetónico que a convidou a criar uma chávena de porcelana para o projeto Um Artista, um Monumento. Integra também o conjunto de artistas convidados, pelo Metropolitano de Lisboa, a criarem paneis de azulejos para as estações de metro de Lisboa, sendo dela os que estão nas estações de Alvalade e Alfornelos. 

As suas obras podem ser encontradas em diversas coleções públicas e privadas. 

PATRÍCIA REIS (Lisboa, 1970)
Estudou História e História de Arte, e tem um mestrado em Ciência das Religiões. Começou a sua carreira jornalística em 1988, no semanário O Independente. Trabalhou em diferentes órgãos de comunicação social, incluindo o Expresso e o Público. Realizou um estágio na revista norte-americana Time, em Nova Iorque. Trabalhou em produção de programas de televisão e foi coautora de um programa de rádio sobre Literatura. Editora da revista Egoísta, tem feito a curadoria artística da publicação desde o seu lançamento, em 2000. A Egoísta, revista multipremiada, é um reflexo da forma como entende a arte e a cultura.

Publicou vários livros de ficção nas Publicações Dom Quixote, e é autora da coleção infantojuvenil Diário do Micas e de outros volumes infantis, todos com o selo do Plano Nacional de Leitura. É coapresentadora do podcast Um Género de Conversa. Em 2024, publicou a biografia de Maria Teresa Horta.

05-11-2024 > 26-01-2025

Centro de Arte e Cultura, Piso 0 / Espaço Atrium

Digitálias

Coletivo Digitálias

EXPOSIÇÃO

Curadoria de Digitálias e Joaquim Tavares

De terça-feira a domingo, 10h00-13h00 / 14h00-18h00 | Entrada livre

Esta exposição integra os trabalhos desenvolvidos em laboratórios artísticos das Digitálias, enquanto coletivo artístico constituído por mulheres sobreviventes de violência doméstica, que foram apoiadas pela Associação Ser Mulher. Este coletivo, tem o núcleo na ASM – Associação Ser Mulher, sediada em Évora, e como principal agregadora, Teresa Veiga Furtado, artista, investigadora do CHAIA – Centro de História de Arte em Investigação Artística e docente da UÉ – Universidade de Évora. O coletivo surgiu no contexto de um projeto de investigação artística do CHAIA, na área científica da arte multimédia e da violência doméstica. Das oficinas levadas a cabo resultou um conjunto de obras de arte cocriadas, tendo sido já integradas em diversas exposições. Estas oficinas das Digitálias e as suas publicações têm sido acolhidas por instituições como a Câmara Municipal de Évora, a Biblioteca Municipal de Évora, a Fundação Eugénio de Almeida, a Fundação Inatel, e laboratórios e centros de investigação como o In2Past, o ITI-LarSys/IST, o CIEBA/FBAUL e o SDI da University of the Arts London.

O nome Digitálias, inspirado na palavra «digital», surge no intuito de recorrermos à tecnologia computacional e à arte multimédia e transmédia para capacitação de raparigas e mulheres sobreviventes de violência em relações de intimidade. Este projeto procura criar modelos e metodologias que possam ser utilizados por instituições académicas e até por outras respostas de intervenção social no âmbito do apoio a vítimas de todas as formas de violência contra mulheres e raparigas, ou da promoção da não-violência, do combate a todas as formas de desigualdades interseccionais entre mulheres e homens, incluindo a raça, etnia, origem, religião, identidade ou orientação sexual, mobilidade reduzida e outras ainda. Propõe-se a arte e a cocriação artística como uma possível política ativa para promoção do respeito pelos direitos humanos, pelo combate a todas as desigualdades e a todas as violências

Nos laboratórios feitos recorreu-se às artes digitais, visuais, multimédia, performativas e humanistas para desenvolver trabalhos assentes na emoção, na imaginação, na razão e na partilha, que possibilitam às participantes e aos seus filhos traduzirem a experiência traumática da violência, do isolamento, do desespero, mas também do encontro, da amizade, da possibilidade de superação que aqui se enaltece, exponenciando a consciência crítica, cívica e de cidadania. Defendemos um conjunto de práticas artísticas participativas e cocriativas, em que o saber é construído de forma horizontal, não-hierárquico, de uma forma sustentável e respeitante dos valores da igualdade, da democracia e da justiça social. Entre as temáticas abordadas salientamos: tipos de violência (física, psicológica e emocional, sexual, social, económica e digital); conceções de vida familiar assentes na ideia de que crianças e mulher devem obediência e submissão ao pai e/ou marido; o ideal do amor romântico e do casamento para toda a vida; revisão crítica do papel tradicional da mulher enquanto cuidadora do lar; modelos, valores, e papéis assimétricos de género com que mulheres e homens são socializados e integrados pela comunidade.

www.cabazdigital.uevora.pt
 



DIGITÁLIAS – LABORATÓRIOS DE ARTE COCRIATIVA


Nos laboratórios recorre-se às artes digitais, visuais, multimédia, performativas e humanistas para desenvolver trabalhos assentes na emoção, na imaginação, na razão e na partilha, que possibilitam às participantes e aos seus filhos traduzirem a experiência traumática da violência, do isolamento, do desespero, mas também do encontro, da amizade, da possibilidade de superação que se enaltece, exponenciando a consciência crítica, cívica e de cidadania.
Entre as temáticas abordadas salientamos: tipos de violência (física, psicológica e emocional, sexual, social, económica e digital); conceções de vida familiar assentes na ideia de que crianças e mulheres devem obediência e submissão ao pai e/ou marido; o ideal do amor romântico e do casamento para toda a vida; revisão crítica do papel tradicional da mulher enquanto cuidadora do lar; modelos, valores e papéis assimétricos de género com que mulheres e homens são socializados e integrados pela comunidade.

Horário: 10h00 – 13h00
Inscrições para o e-mail: associacao.sermulher@gmail.com
Nº limite de participantes por sessão: 10
Local: Centro de Arte e Cultura / Espaço Atrium
https://www.instagram.com/digitaliascoletivomulheres


25 janeiro 25
LAB08 / FORMAS; TEXTURAS E AROMAS NATURAIS / monotipia
Digitálias + Bia Leitão
Partimos do princípio de que o conhecimento deriva das múltiplas perceções que nos afetam e talvez nos emocionem e de que esse é um processo existencial que nunca acaba e sempre se atualiza: vamos sendo aquilo que nos afeta e aquilo que fazemos com o que nos afeta. Neste laboratório de breve duração, procuramos evidenciar a possibilidade de uma experiência artística que nasça da atenção e trabalho sobre formas, texturas e aromas naturais que se podem conjugar de forma criativa, com utilização de diferentes técnicas como colagem e monotipia. Com a recriação artística de elementos naturais da vida quotidiana, pretende-se ampliar em novos contextos a imersão multissensorial que caracteriza a vida e dar ânimo a novas experiências, a inéditas possibilidades de florescer como ser humano. Na vida como na arte, é preciso coragem para experimentar, falhar e voltar a tentar. Ou seja, é preciso coragem para arriscar o fazer artístico, uma forma interessada e amável de existir.
 



SESSÕES PASSADAS

09 novembro 24
18 dezembro 24

LAB08 / DJUNTA MÔ / cerâmica
Digitálias + Jacira da Conceição
Djunta mô quer dizer juntar as mãos, sendo um conceito cabo-verdiano que significa entreajuda e que junt@s somos mais fortes.
Neste laboratóro cocriativo a artista cabo-verdiana Jacira da Conceição, irá com o coletivo Digitálias realizar um conjunto de pratos de cerâmica que apela à sororidade entre as mulheres, representando as mãos de cada uma nos pratos e celebrando as conquistas das mulheres após a revolução de 25 de Abril de 1974, que pôs fim aos 41 anos de ditadura salazarista.
Os pratos inspiram-se também na obra Dinner Party (1974-79) da artista Judy Chicago, considerada como uma das primeiras obras de arte feminista, que dá visibilidade ao papel das mulheres na civilização ao longo da história. Nesta instalação encontramos 39 esculturas de pratos em cerâmica, colocadas sobre uma mesa triangular inspiradas em 39 mulheres que se destacaram na mitologia e na história.
https://www.instagram.com/daconceicaojacira


16 novembro 24
LAB08 / CORPO-CASA / assemblage com resíduos
Digitálias + Bel Morada
O nosso corpo é a nossa casa, o porto seguro do nosso interior e o nosso tesouro por natureza. Grande parte do tempo das nossas vidas é passado no interior de casas, locais que deveriam oferecer acolhimento para a nossa fragilidade. Esses sítios a que chamamos de casa são necessários para repousar os nossos corpos e os nossos sentimentos, ofertam formas de nos alimentarmos e aquecermos, e oportunidades para descobrirmos quem realmente somos e quem podemos ser.
As casas em que vivemos são cheias de particularidades e os nossos corpos interagem com os objetos e os seus quartos. A nossa imaginação proporciona uma série de possibilidades e formas de sonhar com casas, com um jardim, uma cama confortável, um fogão a lenha, um aquário de peixes, uma janela onde entre a luz do sol, ou simplesmente quatro paredes quaisquer que nos abracem e à nossa família.
O que pode ser uma casa para nós? O que é ser uma casa? De que formas podemos sonhar com os nossos corpos e com o ambiente de uma casa?
Utilizando técnicas mistas como a assemblage, colagem, desenho e pintura, recorrendo a materiais encontrados no lixo das ruas, vamos desenvolver algumas ideias sobre a casa dos nossos sonhos, e refletir sobre o sentido das casas nas nossas vidas.
https://www.instagram.com/beemorada

23 novembro 24
LAB08 / PAISAGENS DE EMOÇÕES / gravura – técnica aditiva colagraph
Digitálias + Joaquim Tavares
As lutas pessoais pela sobrevivência muitas vezes implicam sentimentos de solidão, e isolamento. No decorrer deste laboratório cocriativo, pretende-se que estas emoções, do foro individual e íntimo, sejam transformadas em paisagens de linhas, formas e cores diversas, territórios comuns partilhados coletivamente, contribuindo para a capacitação emocional das pessoas participantes. A experiência estética é sobretudo dialógica, resultando da interação e ligação entre todos os participantes.
Utilizando a técnica aditiva da colagravura, recorrendo a materiais diversos orgânicos e do dia-a-dia como folhas e flores secas, embalagens, sacos de rede, lixas e objetos domésticos, vamos representar paisagens que espelhem as emoções de cada pessoa, em matrizes de metal que serão impressas sobre papel.


25 novembro 24 | 11h00 – 12h30
28 novembro 24 | 14h00 – 15h30

LAB08 / PELOS DIREITOS DAS MULHERES / crachás + netart
Digitálias + Gabinete para a Igualdade de Género e Inclusão da UÉ
Assinalando o dia 25 de Novembro, “Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres”, o Gabinete para a Igualdade de Género e Inclusão da UÉ junta-se às Digitálias para promoverem uma ação de sensibilização focada na comunidade estudantil, em contexto de laboratório artístico cocriativo, para a emergência da eliminação de todas as formas de violência de que as mulheres e raparigas são alvo.
Recorrendo à linguagem da poesia visual e da “netart”, por meio da escrita de aforismos e lemas respeitantes à violência contra as mulheres, @s estudantes criam crachás cujas imagens são disseminadas na web em www.cabazdigital.uevora.pt e www.instagram.com/digitaliascoletivomulheres


27 novembro 24 | 10h00 – 12h00
LAB08 / E PUR SI MUOVE! – E CONTUDO ELA MOVE-SE! / colagem e fotomontagem
Digitálias + CPCJ-Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens.
No âmbito das duas semanas de comemorações do dia 25 de Novembro, “Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres”, as Digitálias realizam um laboratório inspirado na célebre frase “e pur si muove” do matemático, físico e filósofo italiano Galileu Galilei. Esta frase foi pronunciada por Galileu, depois de haver sido obrigado pelo Santo Ofício a abjurar a pretendida heresia de que a Terra gira, no espaço, sobre si mesma. No decorrer do laboratório de fotomontagem e colagem, é prestada homenagem a muitas mulheres que a pesar das adversidades resultantes de uma desigualdade de género sistémica, ergueram as suas vozes para contribuir para as mudanças políticas, sociais e culturais, tendo sido mesmo algumas delas vítimas de femicídio. Entre as mulheres a que prestamos homenagem destacamos: Angela Davis, Paula Rego, Marielle Franco, Gisèle Pelicot, Ahoo Daryaei, Rebecca Cheptgei, As Três Marias (Maria Velho da Costa, Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta), Carolina Beatriz Ângelo.


29 novembro 24
Digitálias + Hélder Casaca
O trabalho têxtil é com frequência associado ao feminino, ao cuidado e ao doméstico, e as práticas em torno deste configuram espaços identitários no âmbito da família, do coletivo e do comunitário, com diferentes dimensões de género, étnicas, raciais, urbanas ou rurais, entre outras. Os têxteis estão enredados na nossa vida quotidiana, encontrando-se tão próximos da nossa pele que por vezes se tornam quase invisíveis, refletindo a nossa relação com o corpo e a nossa própria história. Com os fios tecemos as nossas memórias passadas e sonhos futuros, e costuramos e remendamos saberes, afetos e emoções. No decorrer deste laboratório, lãs, objetos e elementos orgânicos são entrelaçados nas teias de pequenos teares, estimulando-se conversas, trocas de ideias e partilhas diversas entre os participantes, e promovendo-se um espaço de criação e liberdade.

07 dezembro 24
LAB08 / FIOS DE ESPERANÇA / Esculturas com fios recorrendo a técnicas mistas
Digitálias + Rosemary Pinto
Na mesa, fios coloridos, aguardam o toque de mãos que, aos poucos, redescobrem a sua força. A oficina propõe a criação de colares esculturais, partilhados coletivamente, nos quais cada nó e entrelaçamento carregam consigo histórias, dores e renascimentos. Cada fio trançado é uma história, cada peça concluída é um grito silencioso de resistência. À medida que os colares tomam forma, as emoções surgem como ondas: lembranças dolorosas, mas também momentos de esperança. Os colares não se limitam à ornamentação, são símbolos de força, poder e capacidade de transformar cicatrizes em obras de arte.

14 dezembro 24
LAB08 / PALAVRAS COM VOZ / poesia visual
Digitálias + Jacira Conceição
As atitudes, pressupostos e preconceitos em relação às mulheres estão programados em nós através da nossa cultura, linguagem e história, desde há milénios, sendo os estereótipos culturais muito poderosos no modo como se inscrevem em todas as nossas ações e pensamentos. Tendo como premissa que a escuta do outro é um elemento-chave da investigação orientada para a justiça e mudança social, opondo-nos a uma sociedade neoliberal em que informar e moldar o outro é premissa central. No decorrer deste laboratório, solicitamos às participantes que selecionem palavras impressas em acetato, relacionadas com as suas experiências de vida, e que as colem num painel afixado na parede, dando voz às mulheres enquanto Sujeitos de vivências e histórias de vida que importa valorizar. A narrativa visual liga-nos às nossas motivações mais profundas, revelando que somos parte de uma comunidade e constituindo-se como uma ferramenta eficaz para criar a mudança.

26-10-2024 > 15-06-2025

Centro de Arte e Cultura, Piso 2

© Eugenio Ampudia. Dónde dormir (Biblioteca), 2014

Abrigo de combatentes

Eugenio Ampudia

EXPOSIÇÃO

Curadoria de D. André de Quiroga

De terça-feira a domingo, 10h00-13h00 / 14h00-18h00 | Entrada livre

Em parceria com o festival bienal de arte e cultura MOSTRA ESPANHA

Vivemos com inquietação um tempo turbulento. São tão óbvios os sinais onde reside o perigo, que a razão, a cultura e a arte devem amotinar-se e tornar-se um abrigo de combatentes.
Eugenio Ampudia
 

Sob o título Abrigo de Combatentes, a Fundação Eugenio de Almeida acolhe uma exposição do artista espanhol Eugenio Ampudia, com curadoria de D. André de Quiroga e patrocínio do Ministério da Cultura Espanhol, no âmbito do festival bienal de arte e cultura espanhola Mostra Espanha.
Abrigo de Combatentes é um percurso pela obra de Eugenio Ampudia, que se expressa em múltiplos formatos. A exposição é uma mostra completa dos novos processos de comunicação que o artista estabelece entre o seu trabalho multidisciplinar e os espectadores, tornando-os sujeitos ativos do processo. As obras que compõem esta exposição estão também unidas por um olhar crítico que desafia o espectador, ao conduzir a experiência visual a novos territórios de reflexão e diálogo. A exposição representa uma oportunidade excecional para completar um percurso abrangente pela obra atual e também ao longo do tempo de Ampudia, apresentando obras realizadas ao longo de várias décadas.
O caráter multidisciplinar da proposta evidencia-se, aqui, nas variadas formas de expressão que as obras expostas representam. Ao percorrer a exposição, o visitante encontrará instalações dinâmicas e esculturas cinéticas, fotografias que documentam ações performativas originais, desenhos e vídeos com narrativas visuais diversas.

Mais informações sobre as obras.
 

Descarregue AQUI a brochura da exposição.



EUGENIO AMPUDIA
Nasceu em Melgar, Valladolid (Espanha), 1958. Vive e trabalha em Madrid.
Como artista multidisciplinar, o seu trabalho aborda os processos artísticos de um ponto de vista crítico: o artista como promotor de ideias, o papel político dos criadores, o significado das peças de arte, as estratégias que permitem dar-lhes vida, os seus mecanismos de produção, promoção e consumo, a eficiência dos espaços atribuídos à arte, bem como a análise e a experiência de quem os observa e interpreta.

As suas obras foram exibidas internacionalmente em locais como ZKM, Karlsruhe, Alemanha; Galeria Nacional de Belas Artes da Jordânia, Amã, Jordânia; Museu de Arte Carrillo Gil, Cidade do México, Centro de Artes de Monterrey e Museu de Arte Contemporânea de Oaxaca, México; Centro de Artes de Boston, Boston (MA), EUA; Museu Ayala, Manila, Filipinas; The Whitechapel Gallery, em Londres; Abierto X Obras, Matadero Madrid, Espanha; MAC Gas Natural Fenosa, La Coruña, Espanha; e em bienais como a de Singapura e The End of the World Biennial, em Havana. E também está presente em coleções de museus como MNCARS, MUSAC, ARTIUM, IVAM e La Caixa, entre outros.

MOSTRA ESPANHA
Mostra Espanha, um festival bienal de cultura espanhola que, em 2024, chega à sua oitava edição, é um programa de atividades culturais promovido pelo Ministério da Cultura espanhol em Portugal, cujo principal objetivo é mostrar o dinamismo e a criatividade das indústrias culturais espanholas na atualidade. O seu propósito final é, no entanto, oferecer experiências de diálogo cultural entre os dois países que permitam a criação de projetos comuns num futuro imediato. Estas atividades são o resultado do interesse e da participação conjunta de instituições espanholas e portuguesas, e abrangem diferentes áreas, desde exposições de pintura e fotografia a encontros de artistas, escritores e especialistas em diferentes disciplinas, passando pelas artes performativas e concertos e atuações musicais. A Mostra Espanha é organizada pela Subdirección General de Relaciones Internacionales y Unión Europea do Ministério da Cultura de Espanha, em colaboração com a Embaixada de Espanha em Portugal, e com o apoio da Acción Cultural Española (AC/E) e do Instituto Cervantes de Lisboa. A Mostra conta ainda com o apoio do Governo Português, através do Ministério da Cultura, de diversas Câmaras Municipais e de um grande número de instituições culturais e festivais e eventos já consolidados no nosso país.

Esta oitava edição da Mostra Espanha está especialmente relacionada com o 50.º aniversário da chegada da democracia a Portugal, um momento histórico no qual a cultura teve um papel fundamental através da literatura, do cinema, do teatro, das artes plásticas e da música. Em Espanha, este processo começou alguns anos mais tarde, influenciado pelo ar de liberdade que ía do país vizinho.

Nesta edição da Mostra Espanha, encontramos várias atividades ligadas à chegada da democracia aos dois países. O programa decorrerá de setembro a novembro e incluirá atividades em diferentes partes de Portugal.

Detalhes da Atividade
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